24 de março de 2011

Vamos falar de solidão?



 Ás vezes..
Queria me jogar debaixo de minhas cobertas e nunca mais sair. Alí, no meu mundo, tudo é tão simples, tedioso, escuro, pequeno. Mas eu gosto disso, gosto da magia que me visita e sempre trás sonhos impossíveis.
Por que ser diferente? Por que tinha que ser tão diferente?
Mas eu não escolhi um caminho diferente, fui escolhido por ele. E isso faz sim diferença. Toda! Sei das consequências e do preço que pagarei, sempre.Vitalício. Mas não que será um preço muito alto?  Será que eu REALMENTE estou disposto a pagar? Eu penso que no fundo não sei das consequências. No fundo não sei de nada.
Eu poderia deixar que o mundo a minha volta me engolisse, como fiz durante muito tempo sem pestanejar ou ignorando qualquer deficit que existisse, mas eu não posso viver assim, não mais. "E o que você fez? Tentou lutar? 
Por isso só eu sei o quanto é difícil sobreviver comigo mesmo. 
"Vim, achei que eu me acompanhava e ficava confiante, outra hora era um nada, a vida presa num barbante. E eu quem dava o nó. Esse seu eu, ou parte de mim, uma parte. 
E para ser feliz: Madrugada. Uma lua num céu estrelado. Meu quarto trancado. Escuro. Um caderno. Garrafas e cigarros.

... E como um torpedo, eu deslizo, eu corro num mar de lençóis. E a cada dobra conta histórias, em muitas delas sinto medo. São muitos enrredos, enrrolados e embriagados como nós, tão a sós. Estou a sós.

Que se danem os nós.